Fabricio Garcia, ( @Manohead ) fará sua primeira exposição individual no coração de Garopaba.
Na noite do dia 16 de setembro, o artista natural de Garopaba, Fabricio Garcia, irá expor uma série de trabalhos feitos entre os anos de 2013 e 2018 na Galeria Local Rancho 29, ponto artístico que vem abrigando diversas atividades culturais como exposições, festivais de músicas e performance. A exposição tem curadoria da arquiteta Kati Pinheiro, da professora da UDESC Drª Jociele Lampert e do português Drº José Carlos Pereira, professor da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, que estará presente na vernissage em sua primeira visita a Garopaba.
A exposição traz um compilado entre obras inéditas e outras pouco apresentadas ao público. Intitulada de “O corpo como casa”, a exposição promete ser uma ruptura no olhar da arte garopabense.
Observação:
A exposição conta com classificação etária para maiores de 18 anos. Menores só podem visitar acompanhados por responsável.
Esta ação se configura como componente do Projeto Piloto Mais “Convergência de Práticas Artísticas: Estudo entre Portugal e Brasil”, do Centro de Investigações e Estudos em Belas-Artes - (ULisboa) - que fomenta o intercâmbio entre artistas e investigadores portugueses e brasileiros a fim de consolidar rede de investigação juntamente ao CEART-UDESC. Uma parceria que teve início em 2023 com o projeto de Cooperação Internacional
“Apotheke internacional” via edital 026/2021 do CNPq.
Quando: 16 de setembro de 2024 às 18h Onde: Galeria Local Rancho 29 - Centro Histórico Classificação etária: +18
O quê: Exposição Individual “O corpo como casa”
Onde: Galeria Local Rancho 29 - Centro Histórico - Garopaba - SC
Quando: De 16 de setembro até 04 de outubro de 2024.
Quanto: Gratuito
Classificação indicativa: 18 anos
A exposição "Além-mar: quando a linha do horizonte não basta", abre nesta quinta-feira na Fundação Cultural BADESC! A entrada é gratuita e o coquetel inicia a partir das 19h.
Abertura: 18 de janeiro de 2024 (quinta-feira)
Horário: 19h
Local: Fundação Cultural BADESC (Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro Florianópolis/SC)
Visitação: até 29 de fevereiro de 2024 (de segunda a sexta, das 13h às 19h)
A curadoria é de Jociele Lampert, Dani Remião e ph cavallari.
Pela primeira vez, 20 artistas, brasileiros e portugueses, apresentam trabalhos na Fundação Cultural BADESC. A mostra inédita faz parte de projetos de cooperação internacional entre Brasil e Portugal. O objetivo dos curadores é mostrar o trabalho de artistas pesquisadores/investigadores para a comunidade. São mais de 50 obras, produções relevantes para o contexto da aproximação entre Brasil e Portugal, no que confere ao contexto acadêmico, sobretudo no campo do ensino da pintura e suas reflexões.
Participam da exposição os artistas:
Clemilson Bernardes, Dani Remião, Daniela Almeida Moreira, Diana Costa, Eduardo António, Ema M., Fabio Savicki, Fabrício Garcia, Giulia Paz, Heron P. Nogueira, Inês Marques, Isabel Sabino, Ivo Alexandre, Jociele Lampert, Larissa Antunes, Marta Facco, ph cavallari, Rui Macedo, Vera Hermano e William da Silva.
O quê: Exposição Coletiva “Além-mar: quando a linha do horizonte não basta”
Onde: Fundação Cultural BADESC (Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro Florianópolis/SC
Quando: De 18 de janeiro até 29 de fevereiro de 2024, das 13h às 19h.
Quanto: Gratuito
A Galeria 33 apresenta a exposição "Visões catarinenses", uma coleção única e inspiradora que destaca o talento diversificado de 20 artistas catarinenses contemporâneos. A mostra segue aberta ao público até o dia 20 de janeiro com visitação gratuita.
"A diversidade geográfica e cultural de Santa Catarina é um traço distinto e fundamental na formação de sua identidade artística. A exposição 'Visões Catarinenses' destaca essa diversidade ao reunir artistas que representam diversas origens, experiências de vida e perspectivas artísticas", destaca a curadora Katiana Machado.
A mostra reúne artistas renomados, como Alceu Bett, Alena Marmo, Astrid Lindroth, Décio Soncini, Domingos Fossari, Elke Hering, Erico da Silva, Guido Heuer, Gustavo Mello Nunes, Kolb, Manohead, Môa, Neri Andrade, Silvio Pléticos, Smekatz, Suely Beduschi, Therence Mir, Tirelli, Pita Camargo.
Palestra sobre a exposição
Para quem gosta de se aprofundar na arte, no dia 9 de dezembro, a curadora, Katiana Machado, fará uma palestra sobre a exposição. "A ideia é proporcionar aos espectadores uma compreensão abrangente das obras, dos artistas e do contexto cultural por trás da mostra de arte catarinense", explica. A inscrição é gratuita, porém limitada para participar, basta se inscrever no link:
Esta ação faz parte do Projeto Joinville+Cult Projeto 9906-120405 Incentivado pela FCC/SC através do Mecenato Estadual PIC/SC Saiba mais em: https://www.galeria33.com/joinvillecult
Sobre a Galeria 33:
A Galeria 33 tem o compromisso de promover e apoiar artistas locais, oferecendo um espaço vibrante para a apreciação da arte contemporânea. Com uma programação diversificada de exposições, a galeria busca enriquecer a comunidade cultural e proporcionar oportunidades para o diálogo e a reflexão em Joinville.
Agende-se
O que: Exposição "Visões Catarinenses"
Quando: De 25 de novembro até 20 de janeiro de 2024, das 10h às 18h
Onde: Galeria 33, Rua Bento Gonçalves - Rua Bento Gonçalves, 33, Glória. Joinville.
Mais informações em: galeria33.com ou Whatsapp: (47) 99277-9816
Quanto: Gratuito
O quê: Exposição Coletiva “Visões Catarinenses”
Onde: Galeria 33, Rua Bento Gonçalves, 33, Bairro Glória, Joinville
Quando: De 25 de novembro até 20 de janeiro de 2024, das 10h às 18h.
Quanto: Gratuito
O Espaço Cultural BRDE Governador Celso Ramos, em Florianópolis (SC), promove até o dia 7 de outubro a exposição “Redes do Invisível” do artista visual Fabrício Garcia. A mostra, aberta no dia 8 de setembro, reúne pinturas que retratam peixes e mãos que trabalham duro no manejo da pesca e no preparo do alimento. A curadoria é de Marcello Carpes.
Nos recortes e fragmentos da representação em 13 óleos sobre tela propõe-se uma reflexão sobre o universal a partir do local, o universo pesqueiro de Garopaba, município do litoral sul de Santa Catarina. Embora essas obras revelem uma intimidade afetiva, aspectos do cotidiano familiar e da cidade, há singularidades sobre essa produção que vão além da pura operação pictural sobre o visível. Em âmbito invisível, a partir da percepção da própria subjetividade há uma reflexão sobre o espírito do tempo, o lugar físico e o simbólico, ritmo e repetição, a vida humana.
Mais do que enaltecer práticas e hábitos comportamentais de indivíduos que vivem diante do mar, em zona pesqueira, o conceito curatorial estabelece um diálogo entre o tempo e a memória, a partir do pensamento de Henri Bergson (1859-1941) que entende o tempo como um movimento que possibilita criar proximidades com a memória. De acordo com o curador Marcello Carpes, é possível trilhar um caminho a partir do não visto, as obras têm força suficiente para instaurar uma rede de sentidos com amplo público. Para ele, Fabrício Garcia impregna suas telas de referências visuais para muito além da ideia cristalizada da cultura litorânea.
O conceito, em sua primeira camada, exerce de imediato um referencial aos habitantes ilhéus e/ou litorâneos. Por sugestão, Carpes recomenda um distanciamento no que diz respeito ao visível. Com um olhar contemporâneo, o artista traz para o visível as memórias, os afetos e as pessoas que praticam o mar, com toda sua beleza e força visceral.
Comprometimento com a comunidade
Fabrício Garcia começa a sua trajetória na caricatura, como Manohead, participando de importantes concursos nacionais e internacionais, nos quais conquista mais de 40 prêmios. Nos últimos anos, seu trabalho ganha novas camadas que se dão pelo uso de diferentes técnicas, das mais tradicionais como o desenho, à xilogravura até as mais contemporâneas como a pintura digital. Os óleos sobre tela, reunidos pela primeira vez no BRDE, num primeiro momento, chamam a atenção, para a representação que se insere na chamada figuração contemporânea, em que pinturas e esculturas apresentam temas com uma exatidão de detalhes extremamente minuciosos.
Neto de pescador, morador de Garopaba, potencializa os atributos artísticos com um forte engajamento comunitário. Além de retratar a paisagem e cenas sobretudo da região do centro histórico onde vive com a família, ele coloca a sua arte e crença em favor do desenvolvimento cultural da cidade. Criou e promoveu o Encontro de Pintura ao Ar Livre em 2017. Em três edições, a segunda em 2019 e a última de modo virtual, em 2021, atraiu artistas de diferentes Estados brasileiros e inclusive de Portugal e da Argentina.
Conhecedor da história da arte e dos paradigmas do tempo contemporâneo, comprometido com sua comunidade, Fabrício Garcia precisa ser pensado como um artista-etc., termo criado pelo pensador brasileiro Ricardo Basbaum. Nesta perspectiva, pode ser definido como um profissional que está além da criação propriamente dita. É um artista-ativista, um artista-produtor, um artista-agenciador. O artista-etc., de acordo com Basbaum, traz ainda para o primeiro plano conexões entre arte & vida e arte & comunidades, abre caminho para a rica e curiosa mistura entre singularidade e acaso, entre o pensamento e as diferenças culturais e sociais.”
O artista contemporâneo nem sempre está interessado na autoria personalista de seus projetos, é o que ocorre ao realizar “Memórias Invisíveis”, quando propõe um museu a céu aberto em que aproxima duas linguagens, a da cerâmica e a outra digital. Ainda em andamento, o projeto consiste em instalações sonoras em que os interessados podem ouvir depoimentos acessados por meio de QR Codes fixos em paredes de casas do centro histórico e que, para associar como um espaço de escuta, estão sinalizados por uma peça de cerâmica em forma de orelha. A escolha do material decorre das edificações, já que a maioria das casas envolvidas são de alvenaria. Ao estimular a escuta, rememorações e troca de experiências possíveis no mundo contemporâneo, faz o trabalho artístico se desdobrar no campo educativo e turístico. Com o smartphone e esses dispositivos sonoros, descobre-se fragmentos de memórias da cidade enunciados pelos moradores que “reverberam o sotaque local e dão novos sentidos para pequenas narrativas de pessoas comuns”, explica Fabrício Garcia.
Questões artísticas e conceituais
Ao ouvir as histórias do povo de sua cidade, o artista percebe que a própria fala também se constitui parte da memória. O torpor pandêmico, a morte de anciãos e a perda irreparável de seus conhecimentos, motiva “Memórias Invisíveis”. Como artista, conhecedor dessas vidas, Fabrício quis de alguma forma resgatá-las da invisibilidade, levar essas vozes para além do tempo presente, torná-las participantes da obra em si.
A mostra “Redes do Invisível”, que fica aberta no BRDE até sete de outubro, está em consonância com o museu sonoro. Embora os dois projetos sejam autônomos, ambos incorporam o desejo de constituir história, memória e arquivo. Além de depoimentos orais, as mãos neste segundo caso são um símbolo forte na compreensão do artista que produziu as pinturas no isolamento social com camadas de pensamento que não se limitam à pura representação. Pelos gestos, Fabrício cria os meios de fazer ver o que não aparece, as percepções acentuadas na pandemia e que cada vez mais contagiam as questões artísticas e conceituais dos trabalhos.
Nos detalhes quase inobservados de uma técnica corporal específica, o corte e a limpeza do peixe, uma habilidade manual, um hábito metafísico coletivo e individual alcança outra dimensão na tela “Amor de Mãe”, na qual a matriarca do artista, Ana Maria Rodrigues Garcia, manuseia as ovas do peixe. O emocional e os sentimentos, no entanto, só ganham nome no retrato do avô, Alcides Adair Rodrigues (1935-2018).
No conjunto de trabalhos, portanto, há uma força melancólica que resulta da constatação do esquecimento e da invisibilidade. Fora isso, a violência: os peixes estão mortos, alguns esquartejados, cheios de sangue. Uma mosca na tela “A Quarentena”, por exemplo, sinaliza a angústia sobre um tempo que “obrigou a refletir sobre o estar aqui, olhar a própria realidade e perceber que as minúcias é que transformam o cotidiano e o ser”, diz Fabrício. Como se vê, o visitante desta mostra, se sensível, perceberá que nesta produção artística há muito mais do que apenas tainhas, olhos-de-boi, palombetas e sororocas.
O quê: Exposição “Redes do Invisível”, de Fabrício Garcia
Onde: Espaço Cultural BRDE, av. Hercílio Luz, 617, Centro, Florianópolis (SC), tel.: (48) 3221-8100
Quando: Até 7.10.2022. Segunda a sexta, 13h às 19h
Quanto: Gratuito
Fabrício Garcia, Garopaba, 1985. Artista, professor e produtor cultural, é bacharel e licenciado em artes visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). É um dos caricaturistas mais premiados de Santa Catarina. O currículo aponta inúmeras conquistas com destaques em 2013 no júri popular no 21º Salão Internacional de Humor de Piracicaba (SP) e primeiro lugar no 21º Salão Internacional de Desenho para Imprensa de Porto Alegre (RS). Como artista convidado participou da Bienal Internacional da Caricatura no Rio de Janeiro (2013). Trata-se de uma trajetória em ascensão já com algumas participações em exposições coletivas, como em 2018, quando integrou “Entre Cléa”, na Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti, e “Eppur Si Muove”, no Museu Escola Catarinense (Mesc), ambas em Florianópolis. Em 2020, conquistou o Prêmio por Reconhecimento de Trajetória Cultural Aldir Blanc. É o idealizador e organizador do Encontro de Pintura ao Ar Livre de Garopaba e produtor do documentário “A Arte em Garopaba”.
Equipe técnica
Artista: Fabrício Garcia
Curador: Marcello Carpes
Produção: Fabrício Garcia
Montagem: Denilson Antonio
Design gráfico: Ezcuze
Fotografia: Maria Luísa Coura
Assessoria de imprensa: Néri Pedroso
Fabrício Garcia, na ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, integra a agenda cultural da Capital
Redes do Invisível Se por um momento, tornássemos possível a apreensão do tempo presente. Um instante de segundo paralisado para sua apreciação, como ele se mostraria? O tempo em suas possibilidades intuitivas pode ser entendido como duração, aquilo que permanece e faz com que os acontecimentos não se findam em nós. Neste sentido, somos seres constituídos com mais passado do que presente ou futuro, e nesta trama de relações, a memória é parte fundamental para o entendimento do agora. Apreender o instante presente é perceber também sua camada histórica, memórias restabelecidas, revividas, reestruturadas, colocadas em suas diferenças a cada próximo momento. Nesta movente de criação o sujeito de memória está sempre em transformação, num fluxo contínuo de durações. O tempo se mostra a partir da sucessão, continuidade, mudança, memória e criação. O envolvimento de quem afirma essa perspectiva, solicita uma coragem no enfrentamento do transitório. O infinito aqui perde força para a lógica do tempo, aquilo que faz com que as coisas apareçam, passem e desapareçam, exclui qualquer sentido de permanência definitiva. A potência está no momento em que a percepção alcança e recoloca a memória, que agora é viva, no momento presente. “Redes do Invisível”, do artista Fabrício Garcia, convida a enlaçar memórias, tempos e acontecimentos. Resgata na semelhança e diferença o passado vivido e contado de uma cultura pesqueira, jogando no contemporâneo presenças outras que, em sua parte, também nos constituem enquanto corpo social. Revela o íntimo na relação com a pesca e os pescadores, assume os sujeitos que praticam a cultura como agentes moventes da mesma. Os trabalhos expostos materializam a ação, o fazer da pesca em seu determinante instante. Ousa movimentar as redes de memórias, trazendo do passado o ensejo de um futuro, nunca apanhado. E este processo, a quem se deixa envolver, propõe brechas a serem abertas e percorridas, caminhos da memória que afirmam o passado também como constituinte do presente e futuro.
Marcello Carpes (ago. 2022)
Copyright © 2022 Fabrício Garcia– Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Ateliê Manohead